Movimento Estudantil: Lutas Sociais

Por | sexta-feira, abril 13, 2012 Deixe um comentário

Como movimento social organizado, a partir de uma realidade social limitada e concreta, o M.E tem como seu palco principal a intervenção na educação. A disputa entre os diferentes projetos e concepções de educação guarda estreita relação com a disputa de projetos de Estado e sociedade. É importante o Movimento Estudantil elaborar e construir bandeiras e ações concretas para que possa impulsionar a unidade dos movimentos sociais, afirmando nossa pauta específica atrelada à pauta geral que aglutina os movimentos sociais.


É dentro das escolas e universidades, através de suas realidades objetivas, que se forma e se organizam os grupos estudantis para a intervenção coletiva nos espaços. Existem grupos de estudantes que atuam em diversas outras áreas, como ONG's, sindicatos, movimento campesino e outros. Ainda assim, a maioria não se organiza como a própria definição de movimentos sociais coloca, é através da sua luta específica que os grupos sociais se inserem na disputa de sociedade. É a partir da disputa na sociedade com interesses em comum, que estes movimentos se tornam aliados na defesa de um projeto de sociedade. Esses aliados dependem, na maioria das vezes, das opções políticas de cada movimento.


   Isso não impede que o M.E. seja sujeito nas grandes mobilizações sociais, nas quais todos os movimentos sociais podem cumprir um papel protagonista. Mas é inicialmente através da organização e agitação de sua pauta específica, que estes garantem sua capacidade de mobilização e de disputa de sociedade, pois toda pauta específica passa pelo debate sobre o modelo de sociedade pretendido.


   Todos os movimentos sociais disputam parcela da sociedade. Essas disputas, seus respectivos “lócus” de atuação, devem estar diretamente interligadas a suas concepções de sociedade. Cabe aos movimentos sociais que lutam pelo mesmo modelo de sociedade se aliarem para as disputas específicas e para as disputas gerais. Nenhum movimento social será vitorioso se carregar somente a sua pauta corporativa.


                Dessa maneira, acreditamos que o M.E. deva se aliar aos trabalhadores e aos oprimidos pela superação do modo de produção capitalista. Deve ser aliado do MST pela reforma agrária, do movimento sindical na defesa dos direitos trabalhistas e sindicais, como os demais movimentos e entidades populares devem ser nossos aliados na luta pela educação pública e gratuita. O M.E. não deve se fechar dentro das universidades, mas não pode se esquecer das lutas específicas, pois é através da luta naquele espaço que este pode se inserir nas lutas gerais.




“Ou os Estudantes se Identificam com o destino do seu povo, com ele sofrendo a mesma luta, ou se dissociam, e dessa forma se aliam àqueles que exploram o povo”.

Florestan Fernandes
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