CPI dos Crimes Cibernéticos pode censurar a internet no Brasil

Por | domingo, maio 22, 2016 Deixe um comentário
A CPI dos Crimes Cibernéticos, que tem comissão presidida pela deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO), propõe apertar o cerco sobre crimes que acontecem na internet, incluindo pedofilia, revenge porn e fraudes.

O texto do relatório mostra que algumas propostas devem alterar o Marco Civil e podem blindar políticos, órgãos públicos e empresas privadas de terem dados ilícitos expostos na rede e ainda obrigar provedores e empresas a retirar conteúdos que atentem contra a “honra”.

A CPI, cujo relator é o deputado Espiridião Amin (PP/SC), traz 19 medidas que combatem delitos.

Segundo o Instituto de Tecnologia & Sociedade do Rio de Janeiro (ITSRio), algumas alterações que a CPI pretende fazer na lei são:
  • transformar as redes sociais em órgãos de censura para proteger a honradez políticos;
  • desviar 10% da arrecadação do Fistel, que tem como objetivo melhorar a qualidade das telecomunicações no Brasil, para financiar a polícia;
  • atribuir competência à Polícia Federal para qualquer crime praticado usando um computador ou dispositivo móvel;
  • obrigar os provedores de internet a revelarem quem está por trás de cada endereço de IP na rede;
  • e estabelecer censura pura e simples na internet.

No entanto, Amin disse que não há tentativa de censurar a internet no Brasil e a CPI pretende apenas preservar o limite entre o direito individual e o coletivo.

O documento final foi votado no dia 13 de abril, onde prazo de funcionamento a CPI dos Crimes Cibernéticos foi prorrogado para o dia 29 de abril. Além do relator Esperidião Amin e da presidente Mariana Carvalho, o relatório é assinado pelos deputados Sandro Alex (PSD-PR), Rafael Motta (PSB-RN), Daniel Coelho (PSDB-PE) e Rodrigo Martins (PSB-PI).

O Marco Civil da Internet, Lei 12.965, defende temas como a neutralidade da rede, a privacidade e também garante a liberdade do usuário de internet ao navegar e se posicionar.

Fonte: Exame
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